Cristina Fernandez Kichner ganhará as eleições presidenciais deste domingo na República Argentina. Bem, tendo em vista que as pesquisas eleitorais apontam que Cristina tem, aproximadamente, 50% das intenções de voto, não é difícil afirmar que ela sairá vitoriosa do pleito presidencial.
sábado, 22 de outubro de 2011
"El amor despues del amor... despues del amor"
Segundo institutos de pesquisas econômicas, a inflação na Argentina está em torno de 25%. Esse número extraoficial parece estar mais perto da realidade, pois segundo o governo federal a inflação em 2010 teria sido de 10,9% anual. Embora a população argentina tenha voltado a consumir, entretanto a indústria local, defasada pela recessão, ainda não está pronta para atender à elevada demanda por produtos consumo duráveis, alavancada pelo crédito e pelas promoções.
Passarela próxima à Faculdad de Derecho y Ciencia Sociales. Buenos Aires/Argentina
O que realmente preocupa os argentinos é a insegurança e não o dragão da inflacionário. O sentimento de medo toma conta do país e é impressionante, está em toda parte. Mesmo em regiões centrais de Buenos Aires, a todo momento algum comerciante ou motorista de táxi alerta sobre os perigos, sobre os roubos e infortúnios que podem acometer um turista, e aconselha a esconder a máquina fotográfica sempre, bem como demais objetos de valor.
Mar del Plata/Argentina
A presença de Evita. Av. 9 de julio. Buenos Aires
Será Cristina a "reencarnação política" de Evita?
A cultura argentina venera a tragédia, não é por acaso que o tango é um dos expoentes máximos culturais e que o cemitério da Recoleta, em Buenos Aires, é um dos principais pontos turísticos da capital. Fato interessante, é que os apartamentos localizados nos arredores do famoso cemitério valem mais aqueles que têm suas janelas direcionadas para o interior cemitério turísitco, tendo uma vista privilegiada dos enormes e vistosos mausoléus, que realmente são de impressionar pela beleza das esculturas que os adornam. Gosto esse bem mórbido para os padrões culturais brasileiros.
"Sí, soy de barrio obrero"
Para o Brasil, a manutenção do “kirchnerismo” na Argentina é positivo, pois essa linha política reconhece a atual superioridade econômica da República Verde-Amarela, e apesar de alguns discursos vazios de empresários que se sentem prejudicado com seu gigante vizinho, que exibe um robustez econômica invejável, o discurso oficial é pelo estreitamento de laços políticos, culturais e econômicos com o Brasil. Logo que, os argentinos demoraram, mas agora são obrigados a reconhecer que aquilo que é bom para o Brasil, é bom para a América do Sul.